Teatro, performance, música, uma exposição e cinema são as sugestões do programa DiVaM – Dinamização e Valorização dos Monumentos, que acontecem, até ao final do mês de junho, nos monumentos afetos à Direção Regional de Cultura do Algarve (DRCAlg) – Fortaleza de Sagres, Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe e Ruínas Romanas de Milreu.
O programa cultural da DRCAlg tem este ano como tema “Patrimónios (Des)confortáveis” e apresenta projetos pensados para os monumentos que abordam esta temática com várias linguagens artísticas.
No dia 16 junho (sexta-feira), às 17h00, a Amarelarte Associação Cultural e Recreativa apresenta a peça “Res” nas Ruínas Romanas de Milreu, seguida de uma visita guiada à exposição patente ao público na Casa Rural. A peça foi criada no âmbito das aulas de teatro e expressão dramática da associação, pelo grupo TIA - Teatro Infantil Amarelarte - promovido por Nicole Lissy, Sara De La Féria e Tomás Sousa, e composto por seis crianças entre os 4 e os 12 anos, e dois jovens adultos.
O grupo refletiu sobre a problemática do bullying, sobre dinâmicas em grupo, hierarquias de poder, opressão, medo e possíveis soluções. Juntam-se nesta peça imagens e cenas criadas a partir de exercícios teatrais de movimento e expressão dramática, experiências das crianças e jovens, excertos de textos de Irene Lisboa e Berthold Brecht e muitas conversas sobre bullying, histórias de vida, dinâmicas em amizades e grupos, regras e leis, medo e coragem, possíveis soluções e qual o papel que o teatro pode ter.
A exposição na Casa Rural dá a conhecer os trabalhos dos alunos da EB2,3 Poeta Emiliano da Costa, de Estoi, sobre “RESpeito”, realizados no âmbito do projeto “ALMÁGUA”, e encontra-se patente ao público até final de junho.
A participação é gratuita, mas é necessário inscrição para amarelarte2011@gmail.com.
A Panapaná – Associação Cultural e Recreativa apresenta no dia seguinte, 17 de junho, às 16h30, na villa de Milreu, “As Carpideiras”, uma criação artística original no domínio dos cruzamentos disciplinares que intersecta, ao nível da performance, as áreas de teatro e dança. A criação deste espetáculo teve como base a investigação num campo teórico conceptual diversificado, identificado em disciplinas como História, Arqueologia, Sociologia, Religião, Antropologia e Etnografia, em virtude dos temas abordados.
Na parte agrícola da villa, na outra margem do Rio Seco, distante dos mausoléus dos proprietários da villa, foi identificado um enterramento cemiterial denominado pelo arqueólogo Estácio da Veiga como “campo mortuário de Guelhim”. Os materiais aqui encontrados permitiram considerar a pertença à classe servil dos defuntos inumados. Honrando a memória destes serviçais, “As Carpideiras” celebram também outros mortos que, em circunstâncias históricas e culturais diversas, foram forçados em vida a abandonar seus territórios e comunidades de origem ou residência habitual, na condição de escravos, lembrando que a escravidão é a expressão máxima da desigualdade nas relações humanas. A Direção artística é de Neusa Dias e a co-criação e interpretação é de Marta Gorgulho, Neusa Dias e Sara Martins.
A participação é gratuita, mas é necessário inscrição para co.n125.alg@gmail.com.
A Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, na Raposeira, acolhe mais uma edição de “Os Dias d`As Virgens Negras”, um projeto que homenageia este templo, através da música e das artes plásticas. O projeto é d`O Corvo e a Raposa - Associação Cultural e as primeiras apresentações acontecem nos dias 17 e 18 de junho, ambas às 17h30, com os concertos “Le Nymphe di Rheno Op.8 ", de Johannes Schenk. Serão apresentadas sonatas a duo para violas de gamba, por Xurxo Varela e Francisco Luengo.
Nesta proposta musical convidam-se dois homens para interpretar uma peça inspirada pelo imaginário das Ninfas, seres eminentemente femininos e alvo da luxúria dos deuses. Johannes Schenck é um dos principais compositores barrocos para viola da gamba. De ascendência germânica e contemporâneo dos hoje mais populares Marin Marais e Antoine de Forqueray, nasceu em Amesterdão em 1660. "Le Nymphe di Rheno" em Dusseldorf é uma coleção de doze sonatas para duas violas da gamba solo. Assim, com o título "Le Nymphe di Rheno", Schenck pretende explicar a síntese dos estilos nacionais que estas ninfas nórdicas lhe inspiraram.
No âmbito deste projeto realiza-se no dia 25 de junho, entre as 10h e as 12h30 e as 14h e as 16h30 , a oficina de cianotipia, por Patrícia Leal. A proposta é que o público registe nos seus telemóveis fotografias dos concertos, e a partir delas, será criado um conjunto de negativos que serão usados como base do trabalho de aprendizagem e prática da Cianotipia, uma técnica específica de impressão fotográfica em tons de azul, descoberta no século XIX. O conjunto de imagens criadas durante a oficina irão integrar uma exposição, que ficará patente na Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, como memória artística do evento, a partir de dia 27 de junho.
A música tem a curadoria de Daniela Tomaz e Carme Juncadella e as artes visuais têm a curadoria de Ana Celorico Machado.
A participação é gratuita, mas é necessário inscrição para ocorvoearaposacultural@gmail.com.
No dia 24 de junho, a Fortaleza de Sagres recebe a segunda sessão do ciclo de cinema “Libertar a Memória”, da responsabilidade do Cineclube de Faro. O filme escolhido por Gisela Casimiro é Debaixo do Tapete (PT, 2023, 48'), de Catarina Demony & Carlos A. Costa. O documentário “conta uma história nada rara em Portugal: uma família que ganhava dinheiro traficando seres humanos e despojando-os da sua dignidade”.
O ciclo de cinema "Libertar a Memória" tem a coordenação artística e curadoria de Luísa Baptista e a produção técnica de Pedro Mesquita.
A participação é gratuita, mas é necessário inscrição para ccf@cineclubefaro.pt.
A programação do DiVaM que irá acontecer até ao final do ano está disponível aqui.
O programa cultural da DRCAlg tem este ano como tema “Patrimónios (Des)confortáveis” e apresenta projetos pensados para os monumentos que abordam esta temática com várias linguagens artísticas.
No dia 16 junho (sexta-feira), às 17h00, a Amarelarte Associação Cultural e Recreativa apresenta a peça “Res” nas Ruínas Romanas de Milreu, seguida de uma visita guiada à exposição patente ao público na Casa Rural. A peça foi criada no âmbito das aulas de teatro e expressão dramática da associação, pelo grupo TIA - Teatro Infantil Amarelarte - promovido por Nicole Lissy, Sara De La Féria e Tomás Sousa, e composto por seis crianças entre os 4 e os 12 anos, e dois jovens adultos.
O grupo refletiu sobre a problemática do bullying, sobre dinâmicas em grupo, hierarquias de poder, opressão, medo e possíveis soluções. Juntam-se nesta peça imagens e cenas criadas a partir de exercícios teatrais de movimento e expressão dramática, experiências das crianças e jovens, excertos de textos de Irene Lisboa e Berthold Brecht e muitas conversas sobre bullying, histórias de vida, dinâmicas em amizades e grupos, regras e leis, medo e coragem, possíveis soluções e qual o papel que o teatro pode ter.
A exposição na Casa Rural dá a conhecer os trabalhos dos alunos da EB2,3 Poeta Emiliano da Costa, de Estoi, sobre “RESpeito”, realizados no âmbito do projeto “ALMÁGUA”, e encontra-se patente ao público até final de junho.
A participação é gratuita, mas é necessário inscrição para amarelarte2011@gmail.com.
A Panapaná – Associação Cultural e Recreativa apresenta no dia seguinte, 17 de junho, às 16h30, na villa de Milreu, “As Carpideiras”, uma criação artística original no domínio dos cruzamentos disciplinares que intersecta, ao nível da performance, as áreas de teatro e dança. A criação deste espetáculo teve como base a investigação num campo teórico conceptual diversificado, identificado em disciplinas como História, Arqueologia, Sociologia, Religião, Antropologia e Etnografia, em virtude dos temas abordados.
Na parte agrícola da villa, na outra margem do Rio Seco, distante dos mausoléus dos proprietários da villa, foi identificado um enterramento cemiterial denominado pelo arqueólogo Estácio da Veiga como “campo mortuário de Guelhim”. Os materiais aqui encontrados permitiram considerar a pertença à classe servil dos defuntos inumados. Honrando a memória destes serviçais, “As Carpideiras” celebram também outros mortos que, em circunstâncias históricas e culturais diversas, foram forçados em vida a abandonar seus territórios e comunidades de origem ou residência habitual, na condição de escravos, lembrando que a escravidão é a expressão máxima da desigualdade nas relações humanas. A Direção artística é de Neusa Dias e a co-criação e interpretação é de Marta Gorgulho, Neusa Dias e Sara Martins.
A participação é gratuita, mas é necessário inscrição para co.n125.alg@gmail.com.
A Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, na Raposeira, acolhe mais uma edição de “Os Dias d`As Virgens Negras”, um projeto que homenageia este templo, através da música e das artes plásticas. O projeto é d`O Corvo e a Raposa - Associação Cultural e as primeiras apresentações acontecem nos dias 17 e 18 de junho, ambas às 17h30, com os concertos “Le Nymphe di Rheno Op.8 ", de Johannes Schenk. Serão apresentadas sonatas a duo para violas de gamba, por Xurxo Varela e Francisco Luengo.
Nesta proposta musical convidam-se dois homens para interpretar uma peça inspirada pelo imaginário das Ninfas, seres eminentemente femininos e alvo da luxúria dos deuses. Johannes Schenck é um dos principais compositores barrocos para viola da gamba. De ascendência germânica e contemporâneo dos hoje mais populares Marin Marais e Antoine de Forqueray, nasceu em Amesterdão em 1660. "Le Nymphe di Rheno" em Dusseldorf é uma coleção de doze sonatas para duas violas da gamba solo. Assim, com o título "Le Nymphe di Rheno", Schenck pretende explicar a síntese dos estilos nacionais que estas ninfas nórdicas lhe inspiraram.
No âmbito deste projeto realiza-se no dia 25 de junho, entre as 10h e as 12h30 e as 14h e as 16h30 , a oficina de cianotipia, por Patrícia Leal. A proposta é que o público registe nos seus telemóveis fotografias dos concertos, e a partir delas, será criado um conjunto de negativos que serão usados como base do trabalho de aprendizagem e prática da Cianotipia, uma técnica específica de impressão fotográfica em tons de azul, descoberta no século XIX. O conjunto de imagens criadas durante a oficina irão integrar uma exposição, que ficará patente na Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, como memória artística do evento, a partir de dia 27 de junho.
A música tem a curadoria de Daniela Tomaz e Carme Juncadella e as artes visuais têm a curadoria de Ana Celorico Machado.
A participação é gratuita, mas é necessário inscrição para ocorvoearaposacultural@gmail.com.
No dia 24 de junho, a Fortaleza de Sagres recebe a segunda sessão do ciclo de cinema “Libertar a Memória”, da responsabilidade do Cineclube de Faro. O filme escolhido por Gisela Casimiro é Debaixo do Tapete (PT, 2023, 48'), de Catarina Demony & Carlos A. Costa. O documentário “conta uma história nada rara em Portugal: uma família que ganhava dinheiro traficando seres humanos e despojando-os da sua dignidade”.
O ciclo de cinema "Libertar a Memória" tem a coordenação artística e curadoria de Luísa Baptista e a produção técnica de Pedro Mesquita.
A participação é gratuita, mas é necessário inscrição para ccf@cineclubefaro.pt.
A programação do DiVaM que irá acontecer até ao final do ano está disponível aqui.
12 junho 2023