A Ermida de Santo António do Alto, em Faro, (e respetiva zona especial de proteção (ZEP)) foi, hoje, classificada como monumento de interesse público (MIP), pela Portaria n.º 249/2023, de 2 de junho.
A Ermida de Santo António do Alto resulta da associação de uma ermida quatrocentista ou quinhentista a uma torre de atalaia gótico-medieval, levantada - de acordo com a sua função de vigia - no ponto mais alto da região. A torre foi construída em 1355, no reinado de D. Afonso IV, de forma a completar o sistema defensivo da cidade, ficando o templo implantado no seu piso térreo.
O conjunto contribuiu para a definição de um importante eixo da localidade, a Rua de Santo António do Alto, que, partindo da zona ribeirinha, separava os bairros da Mouraria e da Judiaria de Faro, seguia pelo local das antigas Alcaçarias e terminava nesta elevação, então situada a alguma distância do núcleo urbano.
A primeira intervenção de monta realizada na pequena ermida original data de meados do século xvi, quando foi construída a abóbada nervurada da capela-mor, correspondendo a uma tipologia manuelina já algo anacrónica para a época da sua construção, embora normal em obras periféricas. De uma profunda campanha do século xviii resultou a ampliação da nave, a remodelação da fachada, antecedida de adro lajeado, e a construção da galilé alpendrada, da sacristia e da casa do ermitão. No século xx foi acrescentado à torre um depósito de água.
A secular Ermida de Santo António do Alto constitui um interessante exemplar de templo da periferia urbana da região, conjugando arquitetura militar e religiosa, apresentando elementos góticos, manuelinos e barrocos, destacando-se, entre estes últimos, o retábulo-mor em talha dourada, de estilo joanino. É, atualmente, sede do Museu Antonino de Faro.
2 junho 2023
A Ermida de Santo António do Alto resulta da associação de uma ermida quatrocentista ou quinhentista a uma torre de atalaia gótico-medieval, levantada - de acordo com a sua função de vigia - no ponto mais alto da região. A torre foi construída em 1355, no reinado de D. Afonso IV, de forma a completar o sistema defensivo da cidade, ficando o templo implantado no seu piso térreo.
O conjunto contribuiu para a definição de um importante eixo da localidade, a Rua de Santo António do Alto, que, partindo da zona ribeirinha, separava os bairros da Mouraria e da Judiaria de Faro, seguia pelo local das antigas Alcaçarias e terminava nesta elevação, então situada a alguma distância do núcleo urbano.
A primeira intervenção de monta realizada na pequena ermida original data de meados do século xvi, quando foi construída a abóbada nervurada da capela-mor, correspondendo a uma tipologia manuelina já algo anacrónica para a época da sua construção, embora normal em obras periféricas. De uma profunda campanha do século xviii resultou a ampliação da nave, a remodelação da fachada, antecedida de adro lajeado, e a construção da galilé alpendrada, da sacristia e da casa do ermitão. No século xx foi acrescentado à torre um depósito de água.
A secular Ermida de Santo António do Alto constitui um interessante exemplar de templo da periferia urbana da região, conjugando arquitetura militar e religiosa, apresentando elementos góticos, manuelinos e barrocos, destacando-se, entre estes últimos, o retábulo-mor em talha dourada, de estilo joanino. É, atualmente, sede do Museu Antonino de Faro.
2 junho 2023