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Fixação da Zona Especial de Proteção do Ribat da Arrifana, no concelho de Aljezur
Fixação da Zona Especial de Proteção do Ribat da Arrifana, no concelho de Aljezur
21/09/2023
Foi publicada hoje a Portaria n.º 498/2023, que fixa a zona especial de proteção do Ribat da Arrifana, na Ponta da Atalaia (Vale da Telha), freguesia e concelho de Aljezur, distrito de Faro, classificado como Monumento Nacional.

O complexo arquitetónico do Ribat da Arrifana, fundado em cerca de 1130 pelo mestre sufi Ibn Qasi, suposto aliado de Dom Afonso Henriques, constitui o mais notável conjunto religioso islâmico do ocidente da Península Ibérica, com antecedentes nas pequenas mesquitas dos desertos do Levante. Os testemunhos arqueológicos permitem o reconhecimento de um complexo murado e organizado em quatro núcleos, incluindo, entre outros edifícios, diversas mesquitas, algumas com mihrab, e uma necrópole.

A localização do monumento, na pequena península da Ponta da Atalaia, designação resultante da transformação de um minarete do complexo religioso original numa torre de atalaia no século XIV, revela não apenas uma estratégia político-militar de ocupação territorial, mas, igualmente, uma intenção religiosa e simbólica, assente no caráter de finisterra do local. Da comunidade islâmica aqui estabelecida em meados do século XII, constituindo um centro político e militar teocrático com fugaz existência no contexto dos confrontos contemporâneos entre sufis, almorávidas e almóadas, restam, ainda, tradições populares que recordam a ancestral sacralidade deste promontório do sudoeste do Gharb al-Andalus, voltado para o Atlântico e defendido por altas falésias.

O referido diploma define uma zona especial de proteção que reconhece as notáveis características do local e a particular relação entre o sítio e a sua envolvente natural, correspondendo, em grande parte, à base da arriba da Ponta da Atalaia e zonas adjacentes, respeitando a existência dos limites claramente referenciáveis no terreno.

Crédito fotográfico: Lénea Andrade DRCAlg
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A DRCAlg recebeu o certificado de Acreditação Erasmus no domínio da Educação de Adultos, para a Ação Chave 1 (KA120)
A DRCAlg recebeu o certificado de Acreditação Erasmus no domínio da Educação de Adultos, para a Ação Chave 1 (KA120)
20/09/2023
Na sua missão, na área da cultura, está a criação de condições de mediação e de acesso aos bens culturais, tendo esta direção atribuído aos seus Serviços Educativos e de Mediação Cultural a educação informal de adultos, através de atividades culturais, como visitas guiadas aos monumentos, a coleções ou a setores específicos dos monumentos, ateliês, oficinas, seminários temáticos e ainda pela produção de edições e instrumentos didáticos, destinados a passar conhecimento do património cultural ao maior número possível de pessoas.

A acreditação da DRCAlg, em fevereiro de 2023, na sequência de uma candidatura, vem permitir que os trabalhadores que desempenham funções nos seus monumentos possam desenvolver, melhorar e inovar as suas competências profissionais, tendo por base os três eixos da estratégia da Direção Regional definidos para este projeto, designadamente: Património Cultural (PC); Produção e Criação Artística e Cultural (PCAC); e Governança.

No eixo do PC, os objetivos centram-se na promoção da salvaguarda, valorização e dinamização deste património, de modo a estimular o hábito de visita aos monumentos, promovendo o conhecimento e a sua valorização. Relativamente à PCAC, a DRCAlg é responsável pelo programa de apoio à criação artística e cultural atribuído a atividades culturais, não profissionais.

Assegurar a continuidade do processo de modernização administrativa, reforçar procedimentos de boas práticas na comunicação e monitorizar o grau de satisfação dos visitantes são os objetivos do eixo relativo à Governança.

De acordo com os princípios orientadores tanto do Plano Estratégico de Internacionalização, como dos desafios Acreditação Erasmus+, foram definidos os seguintes objetivos: chegar ao maior número de públicos; aumentar a abrangência e a qualidade da função educativa; comunicar de forma acessível; quebrar barreiras intelectuais, sociais e físicas; recolher e adaptar boas práticas e impulsionar a transformação digital.

Assente nos pressupostos da Acreditação Erasmus+, a DRCAlg pretende desenvolver uma estratégia para a implementação de atividades de mobilidade, com elevados padrões de qualidade, tomando contacto e integrando boas práticas, que permitam aos técnicos que trabalham diretamente nos Serviços Educativos e de Mediação Cultural dos monumentos diversificar e alargar a função educativa informal, desenvolver novas atividades e comunicar de forma acessível com os seus públicos.

No âmbito da candidatura aprovada estão previstas 6 mobilidades, 4 em regime de job shadowing (observação e acompanhamento de boas práticas em contexto de trabalho) em entidades a selecionar e 2 na modalidade de frequência de cursos certificados. A cada mobilidade será atribuída uma bolsa para apoio às deslocações, alojamento, alimentação e transportes.

O Programa Erasmus+ é uma das histórias de sucesso mais notáveis da União Europeia. Baseia-se nas realizações de mais de 30 anos de programas europeus nos domínios da educação, da formação, da juventude e do desporto, abrangendo tanto uma dimensão intraeuropeia como uma dimensão assente em parcerias internacionais. É com entusiasmo e orgulho que a DRCAlg passa a pertencer a esta grande família europeia.
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Jornadas Europeias do Património 2023 com cinema e música na Fortaleza de Sagres
Jornadas Europeias do Património 2023 com cinema e música na Fortaleza de Sagres
18/09/2023
A DRCAlg assinala as Jornadas Europeias do Património, que, este ano, têm como tema “Património Vivo”, com uma sessão de cinema documental e um concerto, na Fortaleza de Sagres, iniciativas que integram a programação DiVaM – Dinamização e Valorização dos Monumentos.

 No sábado, dia 23 de setembro, pelas 17h30, terá lugar a ultima sessão do ciclo de cinema “Libertar a Memória”. Esta sessão conta com a curadoria de Kitty Furtado, que selecionou os documentários Eu não sou Pilatus (2019, Portugal, DOC, 11min), de Welket Bungue, e Monumento Catástrofe (2022, Portugal, DOC, 69min), do Coletivo Left Hand Rotation.

“Eu não sou Pilatus, de Welket Bungué (Guiné-Bissau, 1988) é um manifesto artístico antirracista, feito através do diálogo entre dois vídeos de telemóvel, difundidos nas redes sociais, que testemunham dois olhares distintos e opostos sobre Portugal, a democracia e as suas instituições. (...) A montagem reflexiva de Bungué chama-se Eu não sou Pilatus – Dizer eu não sou Pilatus é desde logo um posicionamento político. Eu não sou Pilatus quer dizer eu não lavo as minhas mãos como Pilatus; eu não me abstenho, eu não enfio a cabeça na areia, eu não olho para o lado, eu não ignoro o problema. Ao dizer eu não sou Pilatus, Welket Bungué deixa implícita uma pergunta: e vocês?” (K. Furtado)

 “Monumento Catástrofe é um road-movie, em Portugal, que mapeia uma parte da construção do espaço público de forma crítica, partindo da ideia de Catástrofe, que está também relacionada com fatores locais e globais e relações de poder. O que é uma Catástrofe? Quem nomeia um dado acontecimento como Catástrofe? Quem decide memorializar determinadas Catástrofes, como e para quê? Para quem?(...) Como nos diz Patrícia Freire, da Cósmica – a produtora, narradora e chofer desta viagem - «Não esquecer é um ato de resistência e o monumento também cumpre essa função de “despertar as centelhas da esperança” ao contribuir para que os erros do passado não ressurjam»." (K. Furtado)

“Libertar a Memória” é um projeto do Cineclube de Faro, para o DiVaM, com a coordenação e direção artística de Luísa Baptista. Para mais informações e reservas: ccf@cineclubefaro.pt

No dia seguinte, domingo, dia 24 de setembro, também na Fortaleza de Sagres, realiza-se o concerto de Chica, pelas 17h30, que apresenta uma sonoridade em que “o seu elemento principal é o diálogo: desde as letras que pretendem ser ouvidas no lugar de amigo, à sonoridade construída sobre uma troca de géneros e abordagens”. Este é o último concerto integrado no ciclo “Concertos ao Entardecer”, promovido pela Associação ArQuente, para o DiVaM.

Para mais informações e reservas: arquente@gmail.com

As atividades DiVaM são de entrada gratuita, mas com reserva obrigatória de lugar.

Todas as iniciativas das Jornadas Europeias do Património estão disponíveis em https://w3.patrimoniocultural.pt/jep2023/digital/
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Rota do Petisco 2023 dá desconto na entrada dos Monumentos
Rota do Petisco 2023 dá desconto na entrada dos Monumentos
13/09/2023
Entre 15 de setembro e 15 de outubro decorre a 13ª edição da Rota do Petisco.

No âmbito da iniciativa, a Direção Regional de Cultura do Algarve e Teia d’Impulsos Associação Social, Cultural e Desportiva,  assinaram um protocolo de colaboração  que  proporciona   aos portadores do Passaporte Rota do Petisco um desconto de 50% no bilhete individual, caso não se aplique desconto mais favorável, no acesso aos monumentos da  tutela da DRCAlgarve - Fortaleza de Sagres, Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe e Ruínas Romanas de Milreu.

O projeto dinamizado pela Teia d’Impulsos Associação Social, Cultural e Desportiva , envolve  estabelecimentos de restauração aderentes de 11 municípios algarvios.

O projeto tem por objetivo a promoção da restauração regional, o comércio local e a revitalização  das localidades aderentes à iniciativa, através de animação social e cultural, bem como o enriquecimento da oferta turística da região.

Mais informações em www.rotadopetisco.com

13 setembro 2023
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A descentralização na Cultura: o que é e como se faz?
A descentralização na Cultura: o que é e como se faz?
12/09/2023
O próximo Debate Acesso Cultura realiza-se no dia 19 de setembro, das 18h00 às 20h00, em Faro, no Instituto Português do Desporto e Juventude, com o tema "A descentralização na Cultura: o que é e como se faz?"

De que modo os agentes culturais que actuam no território sentem a eficácia da implementação das políticas públicas de cultura, nos seus vários níveis de decisão? De que modo esses mesmos agentes culturais são também eles actores na aproximação das políticas públicas de cultura ao território e à população? Quem são os seus interlocutores no território? Como podemos todos dar respostas mais eficazes às questões da acessibilidade cultural nas suas várias dimensões? O que falta fazer, o que é que está feito e deve ser repensado e que boas práticas já existem?

Este tema tem particular relevância neste momento em grande parte do território nacional. Nomeadamente, com a extinção das Direcções Regionais de Cultura, a transferência de parte das suas competências para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional e a criação de duas novas entidades de âmbito nacional, que sucederão à Direcção-Geral do Património Cultural (que assumirão a gestão do património cultural imóvel, móvel e imaterial, à excepção dos monumentos e museus, que passam para os municípios). Até que ponto esta informação está a chegar aos cidadãos? Os agentes culturais estão cientes desta mudança de paradigma? Que impacto terão estas políticas nos territórios ditos periféricos?

Pessoas convidadas: Cátia Terrinca, UMCOLETIVO; Dália Paulo, Directora Municipal de Loulé; João Costa, Mãozorra
Moderação: Diana Santos Gomez, Jornalista

12 setembro 2023
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