4.2. Castelos e Fortalezas no Barlavento Algarvio, no Período dos Descobrimentos
Conferencista: Valdemar Coutinho
Data: 8/07/2022
Local: Vila do Bispo
RESUMO
Esta conferência veio dar a conhecer alguns dos mais importantes elementos do património militar algarvio, nomeadamente na região do barlavento, procurando compreender o seu papel nas condições de vida das populações na época dos Descobrimentos e nos tempos que se seguiram.
Este território corresponde ao do Reino de Taifa de Silves, no período islâmico (séculos XI-XII), que incluía os atuais concelhos de Silves, Lagoa, Monchique, Lagos, Vila do Bispo, Aljezur e ainda os de Albufeira e de Portimão. O património militar que podemos visitar em Silves, o centro administrativo do reino Taifa de Silves, alcáçova, castelo e muralha urbana, e´ de origem islâmica e era fundamental para a defesa da cidade. O Infante D. Henrique foi administrador dos bens do governo militar de Silves. Em Estômbar, concelho de Lagoa, temos o que e´ designado, habitualmente, por castelo, mas era um ponto de vigia dos barcos que se dirigiam para rica cidade de Silves. A fortaleza de Nossa Senhora da Rocha, um pouco a ocidente de Armação de Pêra, teve papel de relevo na defesa da costa naquela zona. Lagos tornou-se um grande centro administrativo no início da Expansão, pelo que se construíram mecanismos defensivos, uma boa parte dos quais chegaram ate´ nós. Em Sagres, concelho de Vila do Bispo, para além da fortaleza de Sagres, foram levantadas outras fortificações para a defesa da zona, muito atacada por piratas. Os elementos que subsistem do castelo de Aljezur e das fortalezas da Arrifana e da Carrapateira permitem compreender como a região tinha ataques frequentes de piratas que era necessário repelir. A observação deste património militar permite-nos compreender as condições a que as populações daqueles lugares estavam sujeitas na época dos Descobrimentos e nos tempos que se seguiram.
Nota Biográfica do Conferencista:
Valdemar Coutinho é licenciado em História pela Universidade Clássica de Lisboa e mestre em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa. Foi professor na Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes em Portimão e no ISMAT, onde lecionou a cadeira de História da Arquitetura. Publicou (entre outros) os livros: Castelos Fortalezas e Torres da Região do Algarve; Lagos e o Mar através dos tempos; Dinâmica defensiva da costa do Algarve (coordenação e introdução); Centros Históricos de influência islâmica – Tavira, Faro, Loulé´ e Silves (coordenação e introdução); Igreja Matriz de Alvor.
Foi responsável de projetos europeus de património nos concelhos de Portimão e de Lagoa. Participou com comunicações em congressos nacionais e internacionais de história, cujos textos foram publicados nas respetivas atas.
Data: 8/07/2022
Local: Vila do Bispo
RESUMO
Esta conferência veio dar a conhecer alguns dos mais importantes elementos do património militar algarvio, nomeadamente na região do barlavento, procurando compreender o seu papel nas condições de vida das populações na época dos Descobrimentos e nos tempos que se seguiram.
Este território corresponde ao do Reino de Taifa de Silves, no período islâmico (séculos XI-XII), que incluía os atuais concelhos de Silves, Lagoa, Monchique, Lagos, Vila do Bispo, Aljezur e ainda os de Albufeira e de Portimão. O património militar que podemos visitar em Silves, o centro administrativo do reino Taifa de Silves, alcáçova, castelo e muralha urbana, e´ de origem islâmica e era fundamental para a defesa da cidade. O Infante D. Henrique foi administrador dos bens do governo militar de Silves. Em Estômbar, concelho de Lagoa, temos o que e´ designado, habitualmente, por castelo, mas era um ponto de vigia dos barcos que se dirigiam para rica cidade de Silves. A fortaleza de Nossa Senhora da Rocha, um pouco a ocidente de Armação de Pêra, teve papel de relevo na defesa da costa naquela zona. Lagos tornou-se um grande centro administrativo no início da Expansão, pelo que se construíram mecanismos defensivos, uma boa parte dos quais chegaram ate´ nós. Em Sagres, concelho de Vila do Bispo, para além da fortaleza de Sagres, foram levantadas outras fortificações para a defesa da zona, muito atacada por piratas. Os elementos que subsistem do castelo de Aljezur e das fortalezas da Arrifana e da Carrapateira permitem compreender como a região tinha ataques frequentes de piratas que era necessário repelir. A observação deste património militar permite-nos compreender as condições a que as populações daqueles lugares estavam sujeitas na época dos Descobrimentos e nos tempos que se seguiram.
Nota Biográfica do Conferencista:
Valdemar Coutinho é licenciado em História pela Universidade Clássica de Lisboa e mestre em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa. Foi professor na Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes em Portimão e no ISMAT, onde lecionou a cadeira de História da Arquitetura. Publicou (entre outros) os livros: Castelos Fortalezas e Torres da Região do Algarve; Lagos e o Mar através dos tempos; Dinâmica defensiva da costa do Algarve (coordenação e introdução); Centros Históricos de influência islâmica – Tavira, Faro, Loulé´ e Silves (coordenação e introdução); Igreja Matriz de Alvor.
Foi responsável de projetos europeus de património nos concelhos de Portimão e de Lagoa. Participou com comunicações em congressos nacionais e internacionais de história, cujos textos foram publicados nas respetivas atas.
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